quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Remoração

*** Minhas mais antigas lembranças trazem para mim a imagem da minha mãe sempre dizendo que eu devo fazer somente o que é certo. Mas e o discernimento pra saber o que, na verdade, é certo e o que é errado? Tudo está em constante transfomação e, ÀS VEZES, é difícil acompanhar essa evolução que, POR VEZES, é regressiva. Complexo isso, não?! Por exemplo, os sentimentos nobres; amizade: sempre ouvi dizer que o melhor amigo é aquele que chega para separar a briga, mas a prática me fez descobrir que melhor amigo é aquele que chega batendo com o taco de sinuca. E o amor, então? O amor é engraçado... Porque sempre tive para mim que o amor era um sentimento daqueles que te consumia por dentro e que parecia que jamais iria sair, mas a única coisa que causa essa sensação em mim é a feijoada. Esperança: de todos, é o pior. A começar pelos velhos (mal)ditos populares "Quem espera sempre alcança" pra cá, "Água mole em pedra dura tanto bate até que fura" pra lá. Às vezes me vejo tão desesperançoso que acho que tô precisando de uma dose de Lair Ribeiro pela manhã e uma injeção de Zíbia Gasparetto ao cair da noite. Claro que um dia eu já tive muita esperança. Esperei por vezes ficar rico, mas a mega-sena nunca sorteou os números que escolhi; esperei ser um jogador famoso, um ator famoso, um cantor famoso, só um famoso. Hojé, sou só. E mais; certos momentos me pego acreditando naquela máxima de que sou filho de Deus - embora eu tenha mais 20 anos e ele jamais tenha reconhecido a paternidade. E tanta coisa acontece, mas o cenário não muda. Fico aqui no computador, escrevendo para reclamar de tudo sem nem sequer levantar meu traseiro. Mas não se engane, porque isso não é questão de comodismo; Apenas autodefesa.

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